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Critérios de Diagnóstico do Autismo

2.1.1.1.Critérios de Diagnóstico

A revisão do sistema de classificação, DSM – V (2013), resultou em algumas alterações na organização do diagnóstico do autismo. A principal foi a eliminação das categorias Autismo, síndrome de Asperger, Perturbação Desintegrativa e Perturbação Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação.  

 

Todos os indivíduos com diagnóstico de perturbação autista, síndrome de asperger ou perturbação global do desenvolvimento sem outra especificação devem receber o diagnóstico de perturbação do espetro do autismo. Esta denominação privilegia a natureza dimensional do autismo e apresenta de uma forma explicita o conceito de autismo como um espetro continuo de perturbações. 

 

De acordo com o DSM – V existem dois grupos de critérios de diagnóstico para a Perturbação do Espetro do Autismo: 

  1. Défices persistentes na comunicação e interação social, em vários contextos (no qual estão incluídas défices na reciprocidade socio emocional; défices nos comportamentos comunicativos não-verbais; défices para desenvolver manter e compreender relacionamentos) 
  2.  Padrão de comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos (no qual estão incluídos movimentos motores repetitivos; estereotipias; interesses fixos e altamente restritos; défice no processamento sensorial  

 

O diagnóstico é confirmado se forem preenchidos os critérios 1, 2, 3 e 4 

  1.  Défices clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as seguintes formas:
      • Défices expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social;
      • Falta de reciprocidade social;
      • Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento. 
  2.  Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas das seguintes formas:
      • Discurso repetitivo ou estereotipado, movimentos motores ou manipulação de objetos, (tais como estereotipias motoras simples, ecolalia, uso repetitivo de objetos, ou frases idiossincráticas);
      • Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento verbal ou não-verbal, ou resistência à mudança (tais como rituais motores, insistência no mesmo trajeto ou na mesma comida, perguntas repetitivas ou agitação estrema face a pequenas mudanças);
      •  Interesses restritos, fixos e intensos (tais como grande ligação ou preocupação com objetos invulgares, interesses excessivamente circunscritos ou insistentes);
      • Comportamentos sensoriais incomuns (tais como aparente indiferença a dor/calor/frio, resposta adversa a determinados sons ou texturas, cheirar ou tocar excessivamente objetos, fascinação por brilhos ou objetos giratórios).
  3.  Os sintomas devem estar presentes no período precoce do desenvolvimento, mas podem não se manifestar inteiramente até as solicitações sociais excederem o limite das capacidades, ou podem ser “mascarados” mais tarde pelo uso de estratégias aprendidas.
  4. Os sintomas causam perturbações clinicamente significativas nas áreas social, ocupacional ou em outras áreas importantes do funcionamento corrente, limitando e incapacitando o funcionamento do dia-a-dia. 
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