A Perturbação do Espetro do Autismo pode surgir em todos os grupos étnicos e sociais sendo mais frequente no género masculino, numa proporção de quatro a cinco para um.
Os últimos dados relativos à prevalência a nível internacional apontam para que 5 em cada 10.000 indivíduos apresente “autismo clássico” e que os valores se elevam a 10 a 20 por 10.000 quando o diagnóstico é alargado, ou seja, quando se consideram todas as “Perturbações do Espetro do Autismo”. Estudos realizados nos Estados Unidos referem uma prevalência de 1:150 indivíduos.
Em Portugal num estudo realizado sobre a epidemiologia da Perturbação do Espetro do Autismo em crianças com idade escolar (Oliveira etal., 1999/2000 cit. por Filipe, 2012) refere uma prevalência total de 9.2 em Portugal Continental e de 15.6 nos Açores por cada 10.000 crianças.
No estudo realizado pela APPDA-Setúbal, “Qualidade de vida das famílias com crianças/jovens com perturbação do espetro do autismo a residir no distrito de Setúbal”, em parceria com o Instituto de Estudos Sociais e Económicos de 2011/2013 e apoiado no âmbito do Programa de Financiamento do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P., num universo de crianças/jovens com Perturbação do Espetro do Autismo dos 0–25 anos os resultados obtidos do levantamento do número de crianças/jovens com Perturbação do Espetro do Autismo efetuado nas escolas, IPSS e outras entidades do distrito de Setúbal, no âmbito do presente estudo, existem 336 crianças/jovens com Perturbação do Espetro do Autismo, com idade compreendida entre os 0 e os 25 anos. Levando em consideração como universo das crianças/jovens dos 0 aos 24 anos, os dados referentes aos Censos de 2011 do Instituto Nacional de Estatística (220 068 crianças/jovens residentes), foi possível estimar uma prevalência para a Perturbação do Espetro do Autismo nesta faixa etária de 15,3 crianças/jovens em cada 10.000, valor que supera ligeiramente o apurado por Guiomar (2007), para a Região de Lisboa e Vale do Tejo.
Poderá aceder ao estudo aqui